O artigo analisa problemas de abastecimento de água potável na cidade de Palmas (TO)

Edição nº: 212- Ano: 2018

Dupla filtração para o tratamento de água eutrofizada na região norte do Brasil

Autores: Sérgio Carlos Bernardo Queiroz*/ Antônio Domingues Benetti/ Luiz Di Bernardo/ Angela Di Bernardo Dantas/ Giulliano Guimarães Silva

Na edição 212 (Set/2018) da revista DAE, renomada publicação técnica sobre abastecimento de água e saneamento, foi publicado um artigo com a participação do Prof. Luiz Di Bernardo e da Profa. Angela DI Bernardo Dantas, diretores da Hidrosan Engenharia sobre tecnologias de tratamento de água em mananciais eutrofizados, com estudos de tratabilidade e propostas de solução do problema.

O artigo analisa problemas de abastecimento de água potável na cidade de Palmas (TO), potencialmente comprometido em função da redução da capacidade hídrica da região e do aumento da população nos últimos 10 anos e discute soluções para garantir água de qualidade para a população.

A melhor alternativa técnica para solução do problema de abastecimento de água é a utilização da água do lago da usina Luiz Eduardo Magalhaes, devido à sua abundância e proximidade da cidade, porém há problemas sérios com relação à qualidade da sua água, principalmente em função das recorrentes florações de cianobactérias. A sua presença exige a utilização de tecnologia de tratamento adequada e controle de qualidade efetivo, uma vez que alguns gêneros liberam toxinas, flotam em decantadores, colmatam filtros, alteram parâmetros organolépticos e aumentam a carga orgânica afluente à estação.

“Uma falha muito frequente é a não realização de estudos de tratabilidade da água antes do início dos projetos, tendo como consequência a adoção de tecnologia de tratamento inadequada à agua do manancial, podendo comprometer os parâmetros operacionais da ETA e resultar em água com qualidade potencialmente inadequada para consumo humano”, cita a Profa. Angela Di Bernardo Dantas. “A Hidrosan Engenharia busca demonstrar aos nossos clientes a importância da realização dos estudos de tratablidade, visando adequar a tecnologia mais indicada à agua do manancial, além de frequentemente gerar redução significativa de custos de implantação e custos operacionais, com a otimização do uso de produtos químicos no processo de tratamento”, conclui o Prof. Luiz Di Bernardo.

O estudo conclui que a realização de estudos de tratabilidade prévios e a utilização da tecnologia adequada podem resolver o problema de abastecimento da cidade, sem comprometer o volume de água necessário e mantendo a qualidade da água. No caso, a dupla filtração, com filtro ascendente em pedregulho, seguido de filtração descendente, foi comprovadamente o mais eficiente para tratar a agua bruta estudada. Além disso, as concentrações de subprodutos da pré-cloração e da pós-cloração resultaram muito baixas e não ultrapassaram os limites determinados pelo padrão de potabilidade brasileiro (Anexo XX – PCR nº 5 do Ministério da Saúde)